Quixadá
O
deputado federal Danilo Forte (PMDB-CE), que integra a Comissão Especial
formada na Câmara dos Deputados para discutir a Reforma Política e é presidente
da Comissão criada no legislativo federal para reformular o Pacto Federativo,
irá participar no próximo dia 23, a partir das 09h30, de uma audiência pública
na Câmara Municipal de Quixadá, para debater os dois assuntos.
Danilo acredita que a
aprovação do modelo “distritão” seria uma resposta imediata aos reclamos da
sociedade que saiu às ruas nos últimos dias. O modelo político intitulado de
“distritão” acaba com as coligações nas eleições proporcionais (de deputados e
vereadores) e institui a eleição dos candidatos mais votados. Por este modelo,
os parlamentares eleitos pelo quociente partidário não existirão mais. No caso
do Ceará que possuem 22 cadeiras na Câmara e 46 na Assembleia Legislativa,
serão eleitos – caso o “distritão” seja aprovado – os 22 deputados federais e
46 deputados estaduais mais bem votados. “Eu defendo o ‘distritão’ e todo mundo
sabe disso. Candidatura avulsa deseduca. Esse parlamentar de candidatura avulsa
é um risco para política nacional em qualquer País do mundo. Porque,
principalmente num momento como esse em que há tanto descrédito na política e
sempre tem os aproveitadores de plantão, e muitas vezes até de formação antidemocrática,
que podem se aproveitar disso para deseducar uma nação inteira”, comentou.
Forte
destaca ainda a importância do debate com a população sobre o novo pacto
federativo, que será capaz de ampliar a relação de Estados e municípios com a
União. De acordo com o parlamentar, a concentração dos recursos que em sua
grande maioria estão nas mãos da União deixa o modelo de federação brasileira
capenga. Ele explica que devido ao dinheiro dos impostos e tributos estarem na
capital federal, às políticas públicas acaba saindo de Brasília para tentar
melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. Só que durante este processo, muitas
obras não são finalizadas devido ao fato de se ter tantos agentes federados
para cuidar de um mesmo assunto.
“Há
uma preocupação muito grande com relação ao fortalecimento da cidadania e ao
equilíbrio regional entre as diversas áreas do Brasil, que é quase um
continente, na busca de uma maior participação na geração de riqueza, na melhor
distribuição de serviços públicos e no melhor atendimento das famílias
brasileiras nos diferentes Estados. Não adianta só Brasília sinalizar ou querer
implementar uma política sem a construção de um diálogo que possa fazer com que
todos os setores envolvidos possam dizer onde a gente quer chegar, como a gente
vai chegar e quanto a gente tem para gastar (em algum determinado) programa”,
falou.
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