Foto: Agência Brasil |
A formação do bloco foi decidida em uma reunião surpresa, realizada no início da tarde de hoje. O PT, que disputa com o PMDB a presidência da Câmara nos primeiros dois anos do governo, ficou de fora. Sequer foi avisado.
Questionado se a iniciativa demonstrava uma "ofensiva" do PMDB para medir forças, Alves negou intenção de "conflito".
- A nossa ofensiva é ajudar o governo Dilma, dentro e fora dele. Não esperem nenhuma atitude de confronto ou de conflito.
Ele admitiu que a formação do bloco pode também influenciar na composição do governo.
- Queremos participar, queremos colaborar.
Questionado sobre a exclusão do PT nas negociações, o líder do PR, deputado Sandro Mabel (GO), disse que o partido de Dilma ainda "poderá" compor o grupo e será convidado. Não explicou o motivo de não ser chamado, já que é o principal aliado do PMDB neste e no próximo governo.
Questionados, os dois deputados reiteraram que o objetivo é facilitar a aprovação de projetos para a gestão de Dilma. Também evitaram dizer se a iniciativa tem como objetivo fazer pressão para controlar a Câmara no primeiro biênio da nova legislatura.
Desde a eleição, PT e PMDB "negociam" qual dos dois ficará no comando. Petistas argumentam que, além de ter a maior bancada no ano vem na Câmara (88 deputados, contra 79 do PMDB), o aliado deverá permanecer com o controle do Senado. Questionado sobre o tema, Henrique, candidatíssimo ao cargo, desconversou.
- [A presidência do] Senado nunca esteve em discussão.
A formação do bloco, porém, divide o quadro de apoio esperado para a nova presidente. Nas eleições, os partidos coligados ao PT elegeram 311 dos 513 deputados. Se forem somados partidos menores que hoje votam com a base aliada, a petista poderia contar com o apoio de até 402 deputados, quase 80% da Casa.
Renan Ramalho, do R7, em Brasília
FONTE: R7.COM
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