
Passados 80 anos, a Pedra do Cruzeiro continua sendo um dos principais
símbolos de Quixadá. Poderia ser um dos pontos turísticos mais visitados da
cidade, todavia, há décadas está em constante abandono e até o seu principal
símbolo está desaparecendo entre antenas e mais antenas erguidas a cada dia,
reclamam os visitantes. Um deles é Flávio Araújo. “A pedra do cruzeiro é um
ponto turístico e deve ser tratada como tal. Poderia ser construído um mirante
lá, para ser ainda mais explorado”, comentou, além de reclamar da sujeira e da
falta de sinalização.
Há cerca de cinco
anos, através da Associação dos Filhos e Amigos de Quixadá (Afaq), foi sugerido
a vários vereadores de Quixadá a revitalização da Pedra do Cruzeiro, com a
instalação de um teleférico e de um elevador panorâmico, ainda a construção de
um restaurante panorâmico com um mirante. Uma solução também foi dada para a
poluição visual provocada pelas antenas, a construção de uma torre, em forma de
cruzeiro, onde todas as empresas podem instalar seus equipamentos. Todavia, não
houve interesse, apesar de trazer enormes benefícios para a cidade.
Ontem, dia de São João,
foi aniversário do Cruzeiro e simbolicamente do monumento natural. Apenas o
radialista Walderley Barbosa, presidente a Associação de Imprensa do Sertão
Central (AISC) lembrou a data. Mas ao invés do bolo e de velas na comemoração,
as únicas chamas acesas foram dos cachimbos de crack e dos cigarros de maconha.
Hoje, o local é um dos preferidos dos usuários de drogas. Antes, havia
iluminação e muitas pessoas costumavam subir para apreciar o por do sol e
contemplar a vista da “Terra dos Monólitos”, também conhecida como “Terra do
descaso”.
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