No entanto, para ele, a ampliação do acesso ao crédito nos meses pós-crise ajudou, e muito, a elevar esse acesso. “Não adiantaria nada a parceria com o varejo, se não tivesse crédito, mas também não adianta você oferecer crédito, se o consumidor não sabe onde ele pode comprar uma passagem”, ressalta. Resultado desse cenário deve ser um boom de emergentes viajando nestas férias.
Planejamento
Renda em alta e crédito na praça não fazem os consumidores da classe C gastarem sem medida. Ao contrário, quando se trata de viagem, quanto mais barata, melhor. “Há um planejamento até na própria escolha dos locais”, afirma Meirelles. “Se ele não consegue comprar um pacote aéreo que era a primeira opção, ele vai escolher destinos onde ele tenha algum parente que pode hospedá-lo, para economizar e para que sobre dinheiro para ele gastar”, explica.
Mesmo com as facilidades para a compra de uma passagem aérea, o crédito disponível por si só não é suficiente para ele realizar o pagamento integral da viagem. “Muitas vezes, ele divide o valor da parcela em mais de um cartão de crédito, porque só o dele não dá limite para comprar o pacote”, afirma. Na classe C, pegar o cartão de algum amigo e parente para parcelar a viagem ou realizar qualquer outro tipo de compra é comum.
Na hora de pagar, o que vale é o que cabe no bolso. Porém, Meirelles ressalta que o consumidor da classe C tem consciência do impacto do parcelamento no seu orçamento. “Não é porque ele parcela que ele não sabe o ônus que o parcelamento traz para o orçamento dele. Ele sabe que está pagando mais caro, mas entende que aquele preço a mais é o que custa para ele ter hoje aquilo que ele só poderia ter no futuro”, ressalta.
O parcelamento, na avaliação do sócio fundador do ViajaNet, Bob Rossato, é uma das principais ferramentas que a classe C tem para viajar. “Hoje, é possível comprar passagens aéreas em até dez vezes sem juros e sem entrada com o cartão de crédito”, afirmou, por meio de nota.
Para uma viagem mais barata
Para Rossato, a primeira arma para que uma viagem se torne mais econômica é o planejamento, que deve ser feito com, no mínimo, três meses de antecedência. A escolha das datas também influencia nos gastos, bem como a dos horários. “Voos no meio da semana ou aos finais de semana tendem a ser mais baratos, devido à menor demanda”, afirmou.
Até a escolha do aeroporto de embarque e desembarque influencia na conta final, pois aeroportos centrais acabam sendo mais caros, por serem os preferidos dos turistas.
A boa e velha pesquisa de preços de passagens entre as companhias aéreas e de pacotes não pode sair da lista de prioridades daqueles que não querem pagar mais. “Com a economia aquecida e a forte demanda por viagens, há uma competição muito grande entre as companhias”, disse Rossato. O mesmo vale para os pacotes.
Ficar de olho nas redes sociais, reduto on-line dos emergentes, também amplia as chances de viajar com economia. “Algumas companhias até realizam ofertas exclusivas para estes canais”, afirmou. “Navegue nas redes de relacionamento e faça parte das comunidades, siga agências de viagens e procure estar imerso no ambiente on-line, para comprar com empresas que possibilitam a compra a um clique de distância. Você economiza tempo e dinheiro”.
FONTE: INFOMONEY
Nenhum comentário:
Postar um comentário